Ficha técnica:
Título: Schopenhauer e o Kung Fu
Autor: Caléu Moraes
Gênero: Romance
Capa: Marcelo Nunes
Ano de publicação: 2023
Edição: 1ª
Dimensões: 14 x 21 cm
Acabamento: brochura
Número de páginas: 154
ISBN: 978-65-980613-3-3
Sobre o autor:
Caléu Moraes é catarinense, graduado em História, e fez mestrado em Antropologia Social e doutorado em Estudos da Tradução pela UFSC. Venceu o Concurso de Contos Silveira de Souza, da mesma UFSC, com a obra Guia literário para machos. É autor dos romances Declínio e queda de mim mesmo, A morte do ocultista e As aventuras de Lorde Nélson, entre outros.
Sobre a obra:
Como classificar este Schopenhauer e o Kung Fu? Romance histórico? Ensaio historiográfico? Ficção? Certamente há muitos fatos nesta obra, mas há também o narrador que se imiscui na história, e ele certamente está mais próximo da fantasia do que daquilo que se costuma chamar de “autoficção”.
O que importa aqui é que Caléu Moraes, com grande erudição, tece uma narrativa deliciosa, com sensibilidade e humor, que nos leva da China imperial aos dias atuais, sempre em busca do seu Santo Graal: teria sido o filósofo de Danzig um praticante da antiga arte marcial?
"Schopenhauer e o Kung Fu" foi o terceiro colocado no Concurso Literário Grupo Sul, da Universidade Federal de Santa Catarina, em 2023
O que se disse sobre a obra:
"Que outro escritor brasileiro, além de Caléu Moraes, seria capaz de colocar, num mesmo romance, Arthur Schopenhauer, Jackie Chan, o Buda, prostitutas eruditas, Fernão Mendes Pinto, o Caquesseitão, Camilo Pessanha e sir Richard Francis Burton? Não por acaso, ele já foi chamado por Carlos Henrique Schroeder de 'um Vila-Matas tropical e anárquico'.
Schopenhauer e o Kung Fu é um romance escrito à maneira de uma tese acadêmica, mas uma tese acadêmica divertida e inspirada – algo pouco usual, digamos. E qual a tese defendida com esmero em suas 150 páginas? A de que o filósofo alemão teria sido um praticante da antiga arte marcial, e que a teria colocado em prática em pelo menos duas ocasiões: para empurrar uma bisbilhoteira escada abaixo (um caso notório na biografia de Schopenhauer) e matar um vampiro na Inglaterra.
Mas esta obra também é escrita à maneira de um romance policial, pois narra uma investigação. E é também a história de uma perda. O que nela é verdade, e o que é mentira? Caléu Moraes nos explica, talvez confundindo ainda mais as coisas: 'Na verdade, a conversa com Jackie Chan e as aventuras do pensador alemão, as agruras do meu pai e o sofrimento dentário são fatos reais. Meu texto, neste sentido, é um trabalho de não ficção, à maneira do de Carrère, por exemplo, em O adversário. O narrador sou eu, de fato. Não há um outro eu; isto não é um texto dissertativo. Talvez, quando o comecei, pretendia escrever um livro de história. Fracassei, contudo. É preciso preencher, de quando em vez, uma que outra lacuna nesta história maluca, com exercícios de imaginação'.
Caléu Moraes é fã do koan, as historietas, diálogos e anedotas de mestres zen que servem para destruir a lógica e nos fazer superar o discurso racional – técnica semelhante ao tetralema indiano, que abrange todas as possibilidades lógicas de uma forma aparentemente contraditória, novamente para nos arrancar do simplismo ocidental de imaginar que toda afirmação é verdadeira ou falsa. Segundo Nagarjuna, por exemplo, toda afirmação é verdadeira e falsa; igualmente verdadeira e falsa; nem verdadeira, nem falsa. Essa é a chave para entender o romance Schopenhauer e o Kung Fu. Ou melhor, não para entendê-lo, mas para desfrutá-lo."
Marcelo Nunes
""O estilo de Caléu Moraes mistura sátira, ironia, ficção, pesquisa histórica e ensaio numa escrita que parece brincadeira, mas no fundo é muito séria. Certamente um dos meus escritores contemporâneos favoritos."
Eleazar Carrias
"Erudito sem distender o humor, inventivo ainda que seja centrado em uma figura muito conhecida, o romance envolve o leitor sem querer ser professoral, apenas uma história que quer ser contada. A história de uma vontade."
Andreas Chamorro
(Leia a resenha completa no nosso Blog)