Ficha técnica:
Título: Romanceiro de sangue
Autor: Paulo Duarte
Gênero: Contos
Capa: Marcelo Nunes
Arte da capa: Artur Barrio
Ano de publicação: 2024
Edição: 1ª
Dimensões: 14 x 21 cm
Acabamento: brochura
Número de páginas: 224
ISBN: 978-65-982692-5-8

Sobre o autor:
Paulo Duarte
Escritor, Roteirista, Diretor, Produtor e Músico (premiado nacional e internacionalmente).
Neto de Tézinha de Afrinha. Sobrinho de Rodrigues.
Filho de Dona Maria - nordestina, mãe solo dos anos 1970 e 1980, que além de mãe carnal, também é Mãe de Santo.
Paulo foi imerso desde cedo em um mosaico de experiências humanas onde o universo feminino e suas dores e amores foi a presença mais forte e visceral, marca indelével em sua alma.
Ter nascido e sido criado na periferia da Zona Sul de São Paulo, em uma casa que, embora humilde, sempre foi um refúgio acolhedor para pessoas de diversas origens, classes sociais, gêneros, raças e crenças - um ambiente onírico, rico de tipos profundos, legítimos e fascinantes - moldou sua visão de mundo e pelo viés de sua sensibilidade e arte este seres e entidades passaram também a povoar seus multidiversos universos criativos de forma potente e originalíssima.
Em 2022 foi selecionado por três júris distintos para as três coletâneas OffFlip (Contos/ Crônicas/Poesia)
Romanceiro de Sangue é seu primeiro livro de contos.
(www.paulodu.art.br)
Sobre o livro:
Paulo Duarte, em seu primeiro livro de contos, Romanceiro de Sangue, dá luz e sombra a imagens viscerais de uma maneira tão intensa, crua e cruel que seus textos "blocados como um punho cerrado" encontram um lugar reservado entre as vozes autorais da nova literatura latino-americana com suas narrativas brutalistas e de realismo fantástico.
Paulo escreve com segurança e brinca, despudoradamente, com a língua, virando a pele das palavras pelo avesso em um estilo pessoal poderoso que também não renuncia a suas doses de humor ácido, de riso nervoso.
Partindo de um imaginário metafísico em que a fronteira que separa o mundo espiritual do material é praticamente inexistente, em seus contos somos expostos a diversas linhas de tempo e narradores, a corpos latejando de febre e desejo, a almas solitárias perdidas às voltas com espíritos obsessores ancestrais, passados terríveis, traumas, segredos e reviravoltas surpreendentes.
Suas personagens, majoritariamente femininas, ativas, destruidoras, transgressoras, refugiadas de si mesmas, surgem diante de nós, como criaturas vivas, profundas, contraditórias, tridimensionais; são verdadeiros enredos de “alquimia e carne" caminhando lado a lado em paisagens líricas e violentas, onde buscam por reparação, redenção e tentam escapar do inevitável magnetismo da perdição (ou sina?) que as atrai (e as trai) a cada parágrafo.
O fato é que nós, leitores, cativados por estas histórias e personagens, não as conseguiremos esquecer depois do livro lido, e provavelmente voltaremos a ele em outras ocasiões no decorrer de nossas vidas.
Esta é a maior aspiração que um autor pode almejar: criar um livro atemporal. E isso, Paulo conseguiu com Romanceiro de Sangue.
Eduardo Brand